A Operação Leite Compensado começou em 2013 com o objetivo de combater fraudes no setor lácteo, como a adulteração do leite com produtos químicos perigosos, afetando a qualidade e a segurança dos alimentos consumidos pela população.
A fraude envolvia o uso de substâncias como ureia, formol, soda cáustica e água oxigenada para mascarar a diluição do leite com água ou corrigir a deterioração do produto.
Em 2013, as investigações iniciaram com a descoberta de formol em amostras de leite, o que levou a uma série de operações no Rio Grande do Sul (RS), com prisões, fechamento de empresas e apreensão de produtos adulterados. Entre 2013 e 2017, ocorreram 12 fases da operação, com mais de 80 prisões e 275 pessoas identificadas como envolvidas. Empresas grandes e cooperativas também foram implicadas, incluindo aquelas que forneciam leite adulterado para escolas e para exportação.
A fraude, além de prejudicar a saúde pública, permitiu aos fraudadores aumentar seus lucros em até 10%, comprometendo a confiança no setor lácteo.
Apesar dos avanços nas investigações, a fraude continua sendo um problema recorrente, com a 13ª fase da operação ocorrendo em 2024.
Nessa fase, mais pessoas foram presas, e uma nova fórmula de fraude foi encontrada em um caderno, indicando que o crime persiste.
Essa série de investigações, conduzida principalmente pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, revelou um problema significativo na cadeia de produção de leite no Brasil, com implicações não apenas para a saúde pública, mas também para a competitividade e ética do mercado lácteo.
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