Kappa-Caseína impulsiona a qualidade e a competitividade do leite de búfala no Brasil
A bubalinocultura brasileira alcança um marco significativo com o desenvolvimento de uma metodologia inédita para identificar o gene CSN3, responsável pela produção da Kappa-Caseína no leite de búfala. Este avanço, fruto de uma pesquisa do Instituto de Zootecnia (IZ) em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), promete revolucionar o melhoramento genético e a eficiência na produção de queijos.
A importância da Kappa-Caseína
A Kappa-Caseína é uma das proteínas do leite que mais influencia o processamento de queijos, sendo crucial para o rendimento e a qualidade do produto final. Com isso, a pesquisa identificou que a genética dessa proteína se manifesta em três variantes: AA, AB e BB.
Genótipo BB: Búfalas portadoras do genótipo BB oferecem um rendimento de leite para queijo até 10% superior ao das portadoras do genótipo AA. Sendo assim, este é um diferencial econômico expressivo, considerando que a produção de queijo de búfala tradicionalmente exige cerca de cinco litros de leite para cada quilo de queijo.
Impacto estratégico para o produtor
A nova metodologia fornece aos produtores uma ferramenta genética precisa. Dessa forma, funciona de forma semelhante a um teste de paternidade, mas focada na detecção da variante mais desejável. Com essa informação, o produtor pode tomar decisões mais estratégicas, como a seleção de matrizes e reprodutores com o genótipo BB. Otimizando o programa de melhoramento genético e elevando a rentabilidade.
Sendo assim, o estudo representa um divisor de águas na pecuária bubalina nacional, alinhando produtividade, qualidade e competitividade internacional. O Instituto está preparado para auxiliar produtores a testar seus animais. Com isso, incentivando uma modernização acelerada do rebanho brasileiro e consolidando a posição do Brasil no mercado de lácteos de búfala.
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