Consumidores mais jovens impulsionam o mercado de alternativas à carne
Uma nova pesquisa da Lumina Intelligence, encomendada pela FoodNavigator, revela que os consumidores mais jovens, na faixa etária de 18 a 24 anos, são o principal motor de aceitação e interesse por alternativas à carne (alt meat). Enquanto o mercado geral enfrenta ceticismo, em parte devido à preocupação com alimentos ultraprocessados (UPFs), essa demografia demonstra uma abertura significativamente maior a essas inovações.
Por que os jovens abraçam o Alt Meat?
A pesquisa aponta para fatores culturais e tecnológicos que moldam a percepção dos jovens sobre as alternativas à carne:
- Normalização: Para os consumidores mais jovens, produtos como alt meat e outras tecnologias alimentares (micoproteínas, carne cultivada em células, fermentação de precisão) sempre estiveram presentes nas prateleiras dos supermercados. Assim, essa familiaridade faz com que esses alimentos sejam vistos como normais e menos “não naturais” ou suspeitos, em contraste com a visão de gerações mais velhas.
- Abertura à tecnologia: Sendo “nativos digitais”, os jovens encaram a tecnologia como uma solução lógica para problemas, incluindo a melhoria ou o desenvolvimento de novos alimentos.
- Preocupações éticas e ambientais: As questões de sustentabilidade e bem-estar animal exercem uma forte influência nas escolhas alimentares dos jovens. Assim, as alternativas à carne são frequentemente posicionadas como soluções para o impacto ambiental da produção de carne tradicional, se tornando mais desejáveis para esse público.
O desafio do preço
Diante disso, apesar do alto interesse e da maior disposição para experimentar, o preço continua sendo uma barreira. Os produtos alt meat tendem a ser mais caros, o que limita a capacidade de compra dos consumidores mais jovens, que geralmente possuem menor poder aquisitivo.
Desse modo, a pesquisa conclui que, embora o interesse por alternativas à carne esteja em declínio em parte da população, a abertura e o entusiasmo dos jovens indicam que o futuro do setor dependerá da capacidade da indústria de inovar. Além de tornar esses produtos mais acessíveis e alinhados com as preocupações éticas e ambientais dessa nova geração de consumidores.
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