Os principais temas ESG para 2023
Por: Keli Lima Neves
Segundo o relatório divulgado no dia 12 de dezembro de 2022 pela XP Investimento, as 5 tendências que moldarão os investimentos em ESG em 2023 são:
Quer entender o que é ESG, então leia o artigo A sua empresa se preocupa com os princípios do ESG?
1 – Descarbonização: na COP27, as principais nações globais reiteraram o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C até 2100 e esse objetivo traz a Descarbonização para esse top 5.
O que é descarbonização?
A descarbonização é o processo de redução de emissões de carbono na atmosfera, especialmente de dióxido de carbono (CO2). Seu objetivo é alcançar uma economia global com emissões reduzidas para conseguir a neutralidade climática através da transição energética.
É quando trocamos combustíveis fósseis, que emitem gás carbônico, por fontes de energia renovável.
2 – Mercado de carbono: À medida que o foco na descarbonização continua a impactar a agenda global, o relatório da XP informa que espera que o mercado de crédito de carbono seja um tema dominante em 2023. Eles acreditam que o mercado de carbono é uma importante solução alternativa às mudanças climáticas, o que exigirá a atenção dos investidores e das empresas.
O que são créditos de carbono?
O crédito de carbono funciona como uma moeda e visa à redução da emissão dos gases de efeito estufa no planeta
O crédito de carbono é um conceito que surgiu em 1997, dentro do Protocolo de Kyoto. Um crédito de carbono é gerado a cada tonelada de carbono que deixa de ser emitida. Quando um país consegue cumprir sua meta de redução e deixa de emitir 1 tonelada de carbono, recebe uma certificação emitida pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
3 – Acelerando a agenda de diversidade e inclusão. As empresas já estão implementando iniciativas para diminuir as lacunas referentes à igualdade de gênero, nos deparamos com muitas pesquisas e artigos mostrando os números atuais referente a diversidade e inclusão bem como as evidências de melhores resultados quando o quadro é diverso.
Em setembro de 2022 participei de um avento, o Four Summit, onde ouvi Beto Sucupira falar “Sempre fui a favor da diversidade de pensamentos e a diversidade de pensamentos só acontece se você tiver diversidade de pessoas, de cultura!”
Os desafios são ainda imensos, mas, o tema está na pauta das grandes empresas e esperamos que siga para as médias e pequenas também.
Uma pena que a inclusão tenha ainda que ser um indicador, mas, não há outro caminho para mudar esse cenário.
Falando em inclusão, leia esse artigo sobre a Mulher na indústria de alimentos.
4 – Transparência é fundamental. Para a XP Investimento, a medida que o investimento em ESG amadurece, há um foco crescente em como quantificar o impacto e medir a performance. As empresas precisam e devem buscar formas de medir as ações e apresenta-las para as pessoas, tornar a informação publica e movimentar, demonstrar que é possível, apresentar os benefícios e porque não, compartilhar as dificuldades.
Algumas empresas já possuem formas claras de compartilhar as informações, seja em relatórios publicados periodicamente, como por exemplo, a Natura, ou através da demonstração em tempo real dos resultados dos indicadores, como a Klabin faz através do espaço denominado “Painel ASG” e você pode verificar https://esg.klabin.com.br/
5 – Estratégia de engajamento ganhando força. De acordo com o relatório da XP, ESG está longe de ser um tema simples e a incorporação desses fatores na abordagem de investimento não é uma tarefa fácil – é um processo. Dessa forma, eles ressaltam: (i) não existe apenas uma estratégia; (ii) as estratégias não são exclusivas – a adoção delas combinadas é usual; e (iii) a dicotomia certo e errado não se aplica – cada estratégia tem suas vantagens e desvantagens e, mais importante, reflete os diferentes objetivos que os fundos desejam alcançar.
Ainda, segundo o relatório, embora cada gestora esteja implementando diferentes estratégias de investimento e seguindo caminhos distintos, uma das principais conclusões da última rodada de reuniões realizadas entre a XP e os investidores institucionais foi uma preferência consistente pela estratégia de engajamento corporativo – uma parceria entre as gestoras e as empresas investidas com o objetivo de impulsionar a agenda ESG nas companhias.
Você pode conferir o relatório completo aqui!