A contaminação cruzada é a transferência de contaminantes biológicos, como microrganismos patogênicos, entre alimentos, superfícies e materiais de produção. Ela é um ponto de atenção para pessoas com alergias alimentares e ocorre com a contaminação de traços de alérgeno de um alimento para outro, diretamente ou indiretamente, na fase de preparo. O risco de contaminação cruzada pode ocorrer desde o plantio até a fase de preparo do alimento. Por esse motivo, é de extrema importância analisar com cuidado o rótulo de todos os alimentos industrializados.
Reatividade cruzada entre látex e alimentos:
Cerca de 30 a 70% das pessoas com alergias a látex, mediadas por IgE, podem apresentar sintomas com frutas que têm reatividade cruzada com o látex, incluindo com mais frequência:
Banana;
Abacaxi;
Kiwi;
Castanhas.
Devido à presença de componentes estruturais muitos semelhantes que são reconhecidos como iguais pelo sistema imunológico.
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Contaminação cruzada entre fontes relacionadas
É possível observar a contaminação cruzada entre fontes relacionadas, como entre o leite de vaca e de cabra ou fontes distantes, como entre o camarão e os ácaros. Há reatividade cruzada entre a quitina (um componente do exoesqueleto de mariscos e insetos) dos ácaros e a dos frutos-do-mar e dos crustáceos, que assume a forma de uma proteína de risco de reação cruzada, chamada tropomiosina Amendoim e nozes mostram reatividade cruzada em 25 a 50% dos pacientes alérgicos a amendoim porque Ara h 2 compartilha epítopos de ligação de IgE com alérgenos da amêndoa e da castanha-do-brasil. A reatividade cruzada existe entre as leguminosas porque elas têm proteínas estruturalmente homólogas e compartilham epítopos comuns.
Referência:
Viva bem com alergias! (diagnosticosdobrasil.com.br)
Por: Jéssica Brandão