Gigantes da alimentação nos EUA estão eliminando corantes artificiais
Mudança impulsionada por consumidores e reguladores
Grandes empresas globais de alimentos e bebidas nos Estados Unidos estão, de forma voluntária, eliminando uma vasta gama de corantes artificiais de seus produtos. Desse modo, essa transição é impulsionada tanto por novas regulamentações estaduais e alertas federais quanto pela crescente demanda dos consumidores por ingredientes mais simples e reconhecíveis.
Preocupações com a saúde e pressões regulatórias
Críticos dos corantes artificiais apontam para seus potenciais impactos negativos na saúde e para o fato de tornarem lanches e doces não saudáveis ainda mais atraentes. Na Europa, produtos com esses corantes já exigem advertências sobre possíveis efeitos adversos na atividade e atenção de crianças.
O comissário da FDA descreveu os corantes artificiais como uma “sopa tóxica de produtos químicos sintéticos”. Diante disso, vários grupos da indústria estão se afastando dessas substâncias.
Ademais, a International Dairy Foods Association (IDFA), por exemplo, está promovendo um compromisso voluntário para eliminar corantes artificiais certificados em produtos lácteos (leite, queijo e iogurte) vendidos para escolas K-12 nos Programas Nacionais de Merenda e Café da Manhã Escolar até julho de 2026.
Ação governamental e estadual
O governo federal, através do secretário de Saúde e Serviços Humanos (HHS), tem incentivado a eliminação de corantes sintéticos derivados do petróleo. Assim, a FDA e o HHS solicitaram que as empresas retirem corantes como Verde nº 3, Vermelho nº 40, Amarelo nº 5, Amarelo nº 6, Azul nº 1, Azul nº 2 e Vermelho nº 3 até o final do próximo ano. Além disso, também estão revogando as autorizações para Citrus Red nº 2 e Orange B.
Ademais, cinco estados (Arizona, Califórnia, Utah, Virgínia e Virgínia Ocidental) já aprovaram leis que proíbem o uso desses corantes em alimentos escolares. A cidade de Nova York também implementará restrições a corantes artificiais em alimentos e bebidas servidos por agências municipais (hospitais e escolas) a partir de 1º de julho de 2026, afetando 219 milhões de refeições e lanches servidos anualmente.
Alternativas naturais
Dessa forma, enquanto os corantes artificiais são removidos, o governo federal está aprovando novos aditivos de cor naturais, como dois tons de azul e um branco, feitos a partir de fontes como flores e algas. Diante disso, algumas empresas estão utilizando a ausência de corantes artificiais como um diferencial saudável para atrair consumidores.
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