Relatório Regan-Udall apoia esforços da FDA para segurança de fórmulas infantis
A Fundação Reagan-Udall para a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) divulgou um relatório intitulado ” Relatório da Série de Mesas Redondas sobre Fórmulas Infantis: Perspectivas Intersetoriais de Partes Interessadas”, que consolida as principais conclusões de mesas redondas realizadas em setembro de 2025. Diante disso, o relatório apoia os esforços contínuos da FDA para fortalecer a segurança e a resiliência do fornecimento de fórmulas infantis nos Estados Unidos.
Objetivo do relatório
O contexto para esta iniciativa foi a escassez de fórmulas infantis ocorrida em 2022, desencadeada por um recall voluntário de produtos potencialmente contaminados por Cronobacter sakazakii, fabricados na unidade da Abbott Nutrition em Sturgis, Michigan. Esse cenário, somado às tensões na cadeia de suprimentos durante a pandemia de COVID-19, expôs vulnerabilidades e sublinhou a necessidade de fortalecer os sistemas de segurança e disponibilidade deste produto essencial.
Apoio à “Operation Stork Speed”
O relatório da Regan-Udall foi criado para apoiar a iniciativa da FDA e do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) denominada “Operation Stork Speed”, lançada em maio de 2025. Desse modo, o objetivo principal dessa operação é aprimorar a segurança e a resiliência das fórmulas infantis.
Sendo assim, ao capturar as perspectivas de múltiplos setores, o relatório fornece à FDA informações valiosas para orientar suas ações e garantir que as lições aprendidas com a crise de escassez sejam transformadas em melhorias sistêmicas e regulatórias. Diante disso, as discussões focam em:
Revisão abrangente de nutrientes
Houve consenso de que a FDA deve atualizar os requisitos nutricionais das fórmulas infantis. Com isso, especialistas pediram limites máximos de nutrientes, inclusão de desfechos de saúde nas avaliações, revisão periódica a cada quatro anos, monitoramento pós-comercialização, vias regulatórias para ingredientes inovadores e mais investimento em pesquisa.
Contaminantes e metais pesados
Os participantes demonstraram preocupação com a ausência de limites para metais pesados em fórmulas infantis e pediram que a FDA inclua esses produtos na iniciativa “Mais Perto de Zero”. Ademais, eles defenderam limites claros e baseados em evidências, comunicação transparente, ferramentas visuais e educação para famílias com água não convencional. Também sugeriram harmonizar padrões com Codex, EFSA e OMS. No entanto, reforçaram que os limites devem refletir os riscos de exposição nos EUA e diferenciar critérios toxicológicos de padrões de mercado.
Rotulagem e alegações de marketing
Os participantes defenderam maior fiscalização das alegações de marketing consideradas enganosas em fórmulas infantis. Além disso, apoiaram padronizar alegações com base científica, alinhar regras de bebidas infantis às das fórmulas, melhorar a precisão dos rótulos com auditorias independentes. E usar linguagem simples e ingredientes de fácil compreensão.
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