Adoçantes: de substitutos do açúcar a protagonistas da inovação
Adoçantes: de substitutos do açúcar a protagonistas da inovação. O adoçante que antes era apenas usado para substituir o açúcar passou a ser protagonista na construção de sabor e textura, alinhado às tendências de consumo como o clean label. Esse cenário leva a indústria a buscar combinações inteligentes equilibrando custo, funcionalidade e experiência sensorial. Exigindo a análise das diferenças entre as principais classes de adoçantes sob aspectos históricos, químicos, tecnológicos, regulatórios e de mercado.
Da molécula ao sabor
A performance dos adoçantes está ligada à sua estrutura molecular e solubilidade, que determinam dulçor e sensação de corpo desejados. Adoçantes de alta intensidade, como sucralose e aspartame, oferecem dulçor limpo, mas não reproduzem totalmente o corpo do açúcar.
Nesse contexto, poliálcoois como eritritol, sorbitol e maltitol ganham importância ao devolver brilho e viscosidade às formulações. Ademais, a avaliação de suas propriedades físico-químicas, como resistência ao forno, vida útil e textura, aliada à análise sensorial, é fundamental para o desenvolvimento de novos produtos. Dessa forma, os melhores resultados surgem da combinação de adoçantes intensivos e poliálcoois, apoiada por aromas moduladores, criando blends que se aproximam da experiência do açúcar tradicional.
Legislação
No Brasil, a adoção dos selos de advertência reforçou a importância da comunicação clara dos ingredientes. Diante disso, cada adoçante possui um ADI (Acceptable Daily Intake) definido por órgãos regulatórios, e sua comercialização depende de rigorosos testes toxicológicos e certificação de pureza.
O que esperar do futuro dos adoçantes?
O futuro dos adoçantes aponta para soluções mais saudáveis, sustentáveis e sensoriais. Nesse sentido, novas moléculas como alulose e tagatose estão em P&D para oferecer índices glicêmicos mais baixos. Além disso, fontes sustentáveis, como microalgas e fermentação microbiana, prometem adoçantes com menor impacto ambiental. Por fim, inovações sensoriais, como moduladores de sabor e encapsulamentos para liberação controlada, permitem intensificar o dulçor sem aumentar calorias.
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