Baixa preocupação do público na Alemanha com leite cru
De acordo com dados de uma pesquisa recente, na Alemanha dois terços dos consumidores já ouviram falar do leite cru. Entretanto, apenas 10% se preocupa com os riscos à saúde associados ao seu consumo. Os dados são do monitoramento do Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos (BfR), que entrevistou mais de 1.000 pessoas em maio.
A pesquisa também identificou que somente 1 em cada 5 entrevistados se sentia bem informado a respeito do leite cru. Ademais, o Instituto reforça que o consumo de leite cru pode causar infecções alimentares, sobretudo em crianças, gestantes, idosos e pessoas com imunossupressão. A pesquisa também revelou percepções gerais sobre a segurança dos alimentos na Alemanha. Dessa forma, mais da metade dos entrevistados considera os alimentos no país seguros ou muito seguros. Enquanto a maioria acredita que a segurança permaneceu estável, um terço apontou tendência de melhora e um quarto acredita em piora.
Pela primeira vez, o levantamento incluiu questões sobre leite cru, corantes alimentares e mercúrio em peixes. Com isso, nove em cada dez participantes disseram conhecer os corantes aprovados, embora apenas quatro manifestem preocupação. Já em relação ao mercúrio em peixes, três quartos estão familiarizados com o tema e 44% demonstraram preocupação.
Riscos alimentares
O estudo também apontou o nível de familiaridade e preocupação dos consumidores com outros riscos alimentares. Diante disso, mais de 90% dos entrevistados já tinham ouvido falar sobre microplásticos em alimentos, e 82% sobre resíduos de pesticidas. A preocupação foi expressiva: 67% se mostraram preocupados com microplásticos e metade dos participantes com pesticidas. Quanto aos patógenos, 43% afirmaram já ter ouvido falar sobre Listeria em alimentos, mas apenas 26% estavam familiarizados com Campylobacter. Apesar disso, apenas 20% demonstraram preocupação com Listeria e 12% com Campylobacter. Além disso, mais da metade dos entrevistados declarou não se sentir bem informada sobre a Listeria, percentual que chegou a 74% quando se tratava de Campylobacter, evidenciando uma lacuna relevante de informação ao consumidor sobre esses riscos microbiológicos.
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