Pesquisa alerta sobre perigos dos biofilmes de Listeria
Uma nova pesquisa publicada pela revista Science Direct retrata um experimento com a formação de biofilmes pela bactéria Listeria monocytogenes. Diante disso, o estudo demonstra que, ao formar essas estruturas protetoras em superfícies de contato com alimentos, a Listeria não apenas se torna mais resistente, mas também multiplica sua capacidade de colonização, elevando o risco de contaminação em plantas de produção.
O perigo dos biofilmes de Listeria
Listeria monocytogenes é um microrganismo microscópico conhecido por causar listeriose, uma doença de origem alimentar que pode levar a óbito. O biofilme é uma comunidade de microrganismos que se adere a superfícies em ambientes úmidos e se envolve em uma matriz protetora de substâncias viscosas e açucaradas.
Desse modo, a pesquisa revelou um dado alarmante: em um experimento que simulou ciclos de colonização de superfícies plásticas, formação de biofilme, dispersão e adesão a novas superfícies, as variantes evoluídas (EV) da Listeria isoladas produziram até sete vezes mais biofilme do que as cepas ancestrais (AN).
Implicações para a indústria
O que torna os biofilmes de Listeria particularmente perigosos é a sua extrema dificuldade de remoção. Dessa forma, a estrutura do biofilme protege as bactérias embutidas contra condições adversas e estressantes, como a dessecação, e, crucialmente, contra agentes antimicrobianos e sanitizantes.
Os pesquisadores destacam que a persistência microbiana em ambientes industriais é facilitada por essa estratégia de associação à superfície. Além disso, a Listeria monocytogenes é conhecida por formar biofilmes multiespécies, o que pode aumentar ainda mais sua sobrevivência após a desinfecção.
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