Algas marinhas: Aposta da Embrapa como alimento sustentável do futuro
Uma rede de pesquisa internacional, liderada no Brasil pela Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ), está investindo no potencial das algas marinhas como uma alternativa sustentável e nutritiva ao pescado tradicional. Desse modo, o projeto, que conta com a colaboração de instituições europeias, visa fortalecer a bioeconomia azul e responder à crescente demanda global por proteínas saudáveis.
Benefícios nutricionais e ambientais
As algas marinhas são consideradas uma resposta promissora aos desafios de sustentabilidade na produção de alimentos. Desse modo, elas oferecem múltiplos benefícios:
- Nutricionais: São ricas em fibras, minerais, vitaminas e, em algumas espécies, ômega-3.
- Ambientais: Crescem rapidamente, não necessitam de água doce ou fertilizantes e contribuem para a mitigação das mudanças climáticas ao purificar a água e realizar o sequestro de carbono.
O desafio do paladar e o “Atum Vegetal”
Apesar do potencial, o sabor e a textura marcantes das algas representam uma barreira para a aceitação do consumidor brasileiro. Assim, para superar esse desafio, um dos objetivos centrais do projeto é desenvolver um “atum vegetal” em conserva. Dessa forma, este protótipo será elaborado a partir da combinação de algas marinhas com outros ingredientes vegetais. Com isso, buscando replicar de forma convincente o sabor, o aroma e a consistência do atum enlatado tradicional.
O projeto, que integra a iniciativa Sustainable Blue Economy Partnership (SBEP) do programa Horizonte Europa, envolve a Embrapa e instituições de sete países europeus. Diante disso, a iniciativa busca desenvolver tecnologias de cultivo, processamento e conservação, abrindo caminho para que o Brasil, com seu extenso litoral, possa estruturar uma cadeia produtiva de algas que gere emprego, renda e inovação.
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