Food defense: o que é e como implementar?

Food Defense é definido como o processo para garantir a segurança de alimentos, ingredientes alimentares, ou embalagens de todas as formas de ataques maliciosos intencionais.

Fonte: Artigo Food Defense – do conceito às atuais exigências do mercado internacional

Você profissional do Food Safety já ouviu falar sobre o Food Defense? O conceito Food Defense ou Defesa dos Alimentos emergiu nos Estados Unidos da América (EUA) como resposta aos atentados terroristas do 11 de Setembro, em 2001. A Food and Drug Administration (FDA) e outras agências desenvolveram medidas para proteger a cadeia alimentar do país dos ataques maliciosos. O objetivo consistia em adotar medidas preventivas da contaminação intencional da água e alimentos, em que indivíduos recorrem a agentes (biológicos, químicos ou físicos) com o intuito de causar prejuízos às organizações, governos ou à população. 

Esse conceito é definido pela Global Food Safety Initiative (GFSI) como o processo para garantir a segurança de alimentos, ingredientes alimentares, ou embalagens de todas as formas de ataques maliciosos intencionais, incluindo ataques motivados ideologicamente, levando à contaminação ou a produtos inseguros.

Ameaças e perigos à segurança dos alimentos

Representam perigo à segurança dos alimentos, todos os agentes biológicos, químicos e físicos, ou condição do alimento, com potencial de causar um efeito adverso à saúde. O termo perigo não deve ser confundido com o termo risco. Risco, no contexto de segurança de alimentos, significa uma função da probabilidade de ocorrência de um efeito adverso à saúde e a severidade deste efeito quando há a exposição a um perigo específico. Os perigos podem ser intrínsecos ao próprio alimento ou não, e podem ser adicionados intencionalmente nos alimentos. Estes perigos podem causar distúrbios na saúde pública com consequências sociais e econômicas com diferentes níveis de gravidade

Os princípios de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), são eficazes contra riscos da segurança de alimentos não intencionais. Embora food defense não seja explicitamente incluída como parte do APPCC, a etapa fundamental de identificação dos perigos físicos, biológicos e químicos aos alimentos convida à inclusão de medidas de ação para impedir a sabotagem alimentar intencional.

Como implementar o plano de Food Defense?

O Guia da FDA (Food and Drug Administration),  traz alguns tópicos que devem ser levados em consideração na elaboração do plano de defesa, para estratégias de mitigação para proteger os alimentos contra adulteração intencional, sendo estes:

  • Avaliação de vulnerabilidade: É necessário identificar as vulnerabilidades (fraquezas) significativas das etapas do processo. Sendo importante uma explicação do por que cada ponto, etapa ou procedimento foi identificado ou não como vulnerável. Por isso deve ser levado em consideração o potencial impacto na saúde pública, acesso físico ao produto e capacidade do agressor contaminar. 
  • Estratégias de mitigação (enfraquecimento): Nesse ponto é feito para cada etapa do processo uma estratégia para enfraquecer as possíveis ameaças, é necessário uma explicação escrita de como cada uma das estratégias minimiza ou evita suficientemente a vulnerabilidade de cada etapa. 
  • Monitoramento de defesa alimentar: É feito um controle e monitoramento para que o plano de defesa alimentar seja devidamente implementado. 
  • Ação corretiva: Deve aplicar procedimentos de ação corretiva para caso as estratégias de mitigação não tenha sido adequadamente implementadas. Verificação de defesa alimentar – É necessário verificar o andamento das estratégias do plano de defesa, conforme foi planejado.
 
 Fonte da Imagem: Canva

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