Conheça a nova opção do mercado: os lácteos com maior teor de proteína
A proteína é a nova queridinha das prateleiras dos supermercados e os lácteos marcam presença com leites, iogurtes e bebidas lácteas com teor ainda maior dessas moléculas (vale lembrar que o leite já é uma fonte natural de proteínas de alta qualidade). Entenda como esse novo produto é feito e se é o tipo certo para você.
Concentra, concentra
Os leites disponíveis no mercado hoje ganham mais proteína por um processo chamado de ultrafiltração. “Esse é um processo interessante, que faz a concentração por separação física, em baixa temperatura”, diz a engenheira de alimentos Mirna Lúcia Gigante, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (FEA/Unicamp), onde é responsável pelo Laboratório de Leite e Derivados. “O leite comum tem 87% de água. A ultrafiltração remove a água e ‘lava’ tudo o que é solúvel nela, como a lactose, restando um concentrado proteico (se feito a partir do leite desnatado) ou proteico gorduroso (se usado o leite integral)”, explica Mirna.
Mais proteína e mais cálcio
O leite que chega ao mercado tem de 10g a 13g de proteína por porção, o que significa 50% a mais ou até o dobro em relação às versões regulares das marcas. Um dos produtos tem também maior concentração de cálcio – 7% a mais que o regular. E todos são zero lactose (pelo processo descrito acima e também pela adição de lactase). Tudo isso sem alterar o sabor.
É para você que…
… pratica exercício regularmente ou é atleta.
… faz restrição alimentar para perda de peso. “Nesse caso, é preciso aumentar a proporção de proteína para não ter perda muscular”, explica a nutricionista Lara Natacci, coordenadora da comissão de comunicação da SBAN (Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição).
… é vegetariano. “Os lácteos são uma fonte de proteína importante para esse grupo”, lembra Lara.
… já chegou à terceira idade. “Porque eles normalmente têm menor ingestão de proteína, até porque estão de dificuldades de mastigação, porque comem menos carne e porque perdem massa muscular”, explica Lara.
… sofreu uma queimadura e passa por processo de cicatrização.
Não é para você que…
… é doente renal crônico.
… já tem alto consumo de proteína em todas as refeições. “O recomendado é consumir de 20 a 25g de proteína por refeição, para pessoas de peso normal e nível de atividade física normal. O consumo sem necessidade vira sobrecarga para os rins ou armazenamento. E, no corpo, armazenamento é gordura”, alerta Lara.
Para aproveitar melhor
O organismo tem uma capacidade limitada de absorção de proteína por refeição. Como as refeições principais normalmente já são uma boa fonte de proteínas, vale mais a pena consumir o leite (inclusive o tipo mais proteína) no café da manhã e nas refeições intermediárias. “São quando normalmente temos mais carboidratos, então os lácteos ajudam a aumentar a proporção de proteína”, esclarece Lara.
Fonte: http://leitefazseutipo.com.br/2018/08/06/leite-tipo-mais-proteina/