8 dicas para enfrentar processos seletivos em tempos de inteligência artificial

 

 

Ver um anúncio interessante de emprego, anexar o currículo e esperar dias – ou até semanas – por uma resposta. Essa é a rotina de 14,4 milhões de brasileiros que estão em busca de uma recolocação atualmente, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com a pandemia em curso, a candidatura online virou a preferência da maior parte dos empregadores que encontraram nas plataformas uma maneira de otimizar o processo seletivo. Com tanta concorrência, entretanto, a saída encontrada pelo departamento de recursos humanos foi apostar na inteligência artificial.

 

Para se ter uma ideia, de acordo com dados da RH Tech Gupy, companhias com mais de 5.000 colaboradores recebem, em média, 790 currículos por vaga, enquanto organizações menores recebem cerca de 280. Dentre essas centenas de e-mails, o candidato que não quiser passar batido pelo sistema automático de triagem deve fazer alguns ajustes no currículo, tornando-o mais claro e objetivo aos olhos das máquinas. “Um bom primeiro passo é buscar entender como os chamados recrutamentos inteligentes funcionam e, a partir disso, otimizar as informações do CV”, afirma Leonardo Berto, branch manager da Robert Half, consultoria de RH.

 

Ao contrário das seleções convencionais, onde uma equipe avalia individualmente cada candidato, o sistema inteligente lê currículos, cruza as informações dos testes técnicos e comportamentais e, por fim, gera um ranqueamento. De acordo com Tiago Mavichian, CEO da Companhia de Estágios, a IA é capaz de aumentar a assertividade entre empresas e profissionais em até 80%. “Ele leva para as próximas etapas da seleção candidatos que façam mais sentido para a cultura e valores do contratante. Cabe ao RH conversar com os candidatos e dar a palavra final sobre quem será ou não aprovado”, explica.

 

Portanto, se a ideia é receber o “match” do sistema, a melhor opção é remodelar o currículo para os novos tempos. Veja, na galeria abaixo, as dicas dos especialistas para aumentar as chances nos processos de seleção online:

 

1. Caprichar nas palavras-chave

Nas plataformas de busca, as palavras-chave – ou keywords – são usadas como filtro. Da mesma forma, nos processos seletivos automatizados a inteligência artificial busca esses termos para selecionar os candidatos. Ou seja, se a vaga é para redator ou copywriter, palavras como “produção de texto”, “conteúdo”, “edição”, “narrativa” e “ideias” podem ajudar o CV a se posicionar melhor. “As ferramentas utilizam técnicas de SEO para otimização da triagem, então é interessante evidenciar algumas palavras-chave associadas à função ou área de atuação”, resume Berto.

 

2. Não mentir sobre o nível do inglês

O “truque” na hora de montar o currículo pode acabar sendo um tiro no pé. Isso porque, ao mentir sobre a fluência de um determinado idioma, o candidato será confrontado com testes mais difíceis do que a média. “Se o candidato tem um nível básico, mas diz que é avançado, será testado com questões mais complexas. Da mesma forma que o recrutador experiente vai pegar a mentira, a ferramenta também”, avisa Mavichian. A segunda dica relacionada ao idioma é posicionar a informação logo no início do documento, já que ela costuma ser um dos primeiros critérios de seleção para algumas vagas.

 

3. Não subestimar os testes de conhecimentos gerais

Outra atitude que pode prejudicar o candidato é subestimar o teste de conhecimentos gerais e achar que pode driblar as perguntas online. Além dos sistemas que impedem que outras abas sejam abertas durante o teste, algumas plataformas estipulam um tempo máximo para cada pergunta. Ou seja, procurar as respostas no Google pode acabar sendo uma estratégia arriscada.

 

4. Não “brincar” com os jogos

Cada vez mais comum nas seleções, a gamificação é uma parte muito importante do processo. Mais do que dar um toque lúdico ao processo, os games medem, entre outras coisas, a capacidade de tomar decisões e o quanto o candidato se adequa à cultura e aos valores da empresa.

 

5. Saber falar de si, dos pontos fortes e fracos

Pensar previamente sobre as próprias qualidades e também os defeitos é fundamental para entender se você está no perfil dos profissionais da área. Outra dica importante é fazer os testes de personalidade. Candidatos que realizam esses questionários melhoram suas chances na hora da entrevista. “Os últimos meses aceleraram a tendência de valorização das competências comportamentais. Assim, destacar as habilidades sociais que o candidato domina é uma ótima forma de chamar a atenção do recrutador”, explica Berto.

 

6. Aposte em cursos específicos

Cursos também são considerados pela inteligência artificial como um dos critérios de seleção. Se usá-los estrategicamente no seu CV, o candidato sai na frente. “Incluir, por exemplo, um curso de SEO mostrará para a ferramenta que o candidato não só faz jornalismo, mas que tem relação ou preferência em atuar com marketing digital”, exemplifica Mavichian.

 

7. Invista em redes sociais corporativas, como o LinkedIn

As empresas e os recrutadores estão presentes nas redes sociais corporativas e muitos dos processos são iniciados por elas. Realizar boas conexões e manter um perfil adequado e atualizado são pontos importantes tanto para conhecer as principais vagas do mercado como para fazer com que as empresas cheguem até você.

 

8. Adapte seu currículo de acordo com a vaga

As habilidades e experiências variam de relevância para o sistema dependendo da vaga ou do setor de atuação da empresa contratante. Como o objetivo da IA é ser o mais assertiva possível, cursos e palavras-chave voltadas para os requisitos básicos da seleção acabam tendo um peso maior para a triagem. É importante analisar as informações da vaga e formular o CV destacando os pontos que mais se encaixam com a posição.

 

 

Fonte: Forbes

Link: https://bit.ly/3aTI0kd

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