IA e HSI: aliadas contra micotoxinas nos alimentos
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 600 milhões de pessoas adoecem anualmente por intoxicação alimentar, causando 4,2 milhões de mortes. Pesquisadores da Universidade do Sul da Austrália publicaram um estudo sobre o uso da inteligência artificial para identificar alimentos contaminados em campos e fábricas. Essa tecnologia pode prevenir intoxicações antes que os produtos cheguem ao consumidor.
Assim, o estudo descreve que a combinação de imagens hiperespectrais (HSI) e aprendizado de máquina pode detectar micotoxinas em diferentes etapas da produção de alimentos. Vale ressaltar que as micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por fungos que podem contaminar os alimentos. Ademais, a FAO estima que um quarto das plantações mundiais podem estar contaminadas por fungos que produzem micotoxinas, reforçando a urgência da adoção dessa tecnologia.
Pesquisadores da Austrália e do Canadá, demonstraram que a HSI combinada ao aprendizado de máquina pode identificar com alta precisão micotoxinas em grãos e nozes, altamente suscetíveis à contaminação.
A análise de mais de 80 estudos mostrou que esses sistemas superam métodos tradicionais, alcançando taxas de acerto de 90 a 95%, especialmente em condições laboratoriais. Além disso, a tecnologia se mostrou eficiente na detecção da aflatoxina B1, uma das substâncias mais cancerígenas presentes nos alimentos.
Diante disso, os pesquisadores afirmam que o uso da IA e HSI como aliadas contra micotoxinas nos alimentos é uma solução escalável, não invasiva e capaz de operar em tempo real, com potencial de reduzir riscos à saúde e perdas comerciais.
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