Como ler os rótulos dos alimentos

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Você tem o hábito de ler os rótulos dos alimentos?

Você acredita que ler os rótulos dos alimentos é só para quem quer emagrecer ou para quem tem algum tipo de alergia alimentar?

Os alimentos industrializados são aqueles que sofreram algum processamento na indústria e a rotulagem desses são elementos importantes de comunicação entre produtos e consumidores. É sabido que os rótulos influenciam claramente as escolhas alimentares e portanto é de suma importância que as informações nele contidas sejam absolutamente claras, compreensíveis e de fácil acesso aos consumidores.

A lista de ingredientes traz todos os ingredientes que estão presentes naquele produto e a ordem que eles predominam, ou seja o primeiro ingrediente citado é o que tem maior quantidade e o último é o que tem menor. Com base nesta informação, podemos optar por consumir ou não determinado alimento. O que acontece é que muitas vezes um produto que inicialmente nos chama a atenção devido algum atributo específico, por exemplo por ser integral, quando vamos avaliar sua composição o ingrediente integral está em quinto ou sexta posição da lista de ingredientes. Então, por poder ser chamado de integral por possuir uma pequena quantidade de ingrediente integral, acabamos sendo induzidos ao engano, pois na verdade este produto possui pouquíssima quantidade de ingrediente integral. Sem considerar que pagamos um valor diferenciado por este produto.

Outra informação que os rótulos nos fornece é a composição nutricional do produto, onde é possível identificar a quantidade de calorias, carboidratos, proteínas, gorduras, fibras alimentares e sódio. Todas estas informações estão baseadas em uma determinada porção, o que acontece é que nem sempre observamos o tamanho desta porção ao escolher consumir determinado produto. Somos automaticamente conduzidos a enxergar a quantidade de calorias e se não nos atemos ao tamanho da porção, podemos estar optando por um produto mais calórico que outro simplesmente pelo fatos deles possuírem tamanhos de porção diferentes.

Outra questão que deve nos alertar é que muitas vezes nos preocupamos com o teor de calorias dos alimentos, mas o que mais devemos observar é a quantidade de cada nutriente que compõe este teor total de calorias. Cuidado! Alguns alimentos apesar de possuírem poucas calorias e não engordar no curto prazo, contém grande quantidade de aditivos que poderão trazer muitos riscos para a saúde. Desta forma uma boa dica é sempre olhar a lista de ingredientes e os componentes individuais da tabela nutricional.

Para as pessoas que possuem algum tipo de intolerância ou alergia alimentar, uma boa notícia é que os rótulos trazem em destaque a presença de ingredientes que causam alergias conforme orientação da legislação brasileira.

Esperamos que estas informações sejam um incentivo para você começar a criar o hábito de ler os rótulos dos alimentos e eles passem a ser uma ferramenta de escolha para uma  alimentação mais adequada e saudável.

Saiba qual o papel do consumidor na segurança dos alimentos

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa n° 22, de 24 de novembro de 2005. Regulamento técnico para rotulagem de produto de origem animal embalado, 2005.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados, 2003.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 359, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento técnico de porções de alimentos embalados para fins de rotulagem nutricional, 2003.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 26, de 02 de julho de 2015. Dispõe sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares, 2015.

Autora: Fernanda Dulço (consultora parceira BRQuality)

A BRQuality é uma empresa focada em desenvolver soluções criativas junto aos seus clientes, oferecendo treinamentos e consultorias personalizados, desmistificando e descomplicando o que parece difícil, deixando as equipes preparadas para dar continuidade nos programas e entender sua interação na cadeia de alimentos de forma responsável.