Cultura de Segurança dos Alimentos – Primeira Dimensão: Definição de Diretrizes e Expectativas

Henrique de Castro NevesPor: Henrique de Castro Neves
e Keli Lima Neves
#culturadesegurançadosalimentos

 

 

 

 

O que o está previsto no Posicionamento do GFSI:

4.2. Definição de Diretrizes e Expectativas

 

A definição de direção requer pensamento e planejamento dedicados para identificar um caminho claro para o sucesso. Isto estabelece uma visão clara, compartilhada e incorporada por toda a organização e compreendida por todos. Também exige uma compreensão clara do que é sucesso, juntamente com metas de longo e curto prazo. O estabelecimento bem sucedido de diretrizes envolve reuniões de acompanhamento regulares para seu desenvolvimento e para garantir a sustentabilidade e a viabilidade.

A mudança de prioridades em uma empresa conduzirá sua diretriz.  A Segurança de Alimentos deve ser sempre essencial para o negócio e estar integralmente presente no estabelecimento de diretrizes. Ao definir as diretrizes, esteja atento a todas as prioridades estratégicas e garanta que a Segurança de Alimentos esteja considerada consistentemente em cada uma delas.

As circunstâncias que podem alterar a definição de diretrizes incluem:

  • Alterações nos requisitos regulamentares;
  • Compra de um novo negócio;
  • Modificações na categoria do produto;
  • Entrada em novos mercados;
  • Incidentes graves de Segurança de Alimentos;
  • Avanços em ciência, tecnologia e técnicas analíticas.

 

Contribuição SEMEAR sobre Definição de Diretrizes e Expectativas

Existem elementos essenciais desde o nascimento de uma organização, dentre eles temos a definição das diretrizes estratégicas da companhia, basicamente, são as respostas às perguntas: Por que a empresa existe? Como ela conduz seus negócios? O que a empresa faz? Onde a empresa quer chegar fazendo o que faz? Parece fácil falando, mas colocar isso no papel, de forma clara, concisa e objetiva, é um enorme desafio, em geral reservado à Alta Direção e/ou aos fundadores do negócio. Como se não bastasse a complexidades de tais respostas, devemos lembrar que estamos em um mundo no qual os mercados mudam cada vez mais rápido, o que exige que as diretrizes estratégicas de uma empresa acompanhem tais mudanças.

Há uma conhecida expressão, cujo autor é desconhecido, que afirma que para se frustrar basta criar uma expectativa. Isto talvez soasse verdadeiro se não estivéssemos lidando com seres humanos, cujas emoções e experiências forjam diferentes personalidades, cada um respondendo à estímulos externos de formas diferentes uns dos outros. Neste contexto, talvez poucas coisas incomodem tanto quanto a mudança, em qualquer aspecto, por isso, o fator humano deve sempre ser levado em consideração em qualquer plano de gestão de mudanças ou mesmo quando a alteração parece pequena, mas, podendo ter um significado enorme para um pequeno grupo, como colaboradores, por exemplo.

Este tema é tão relevante para a Segurança de Alimentos, que o GFSI (Global FoodSafetyInitiative), incluiu o tema “definição de diretrizes e expectativas” como um dos fatores críticos de sucesso dentro da dimensão “Visão e Missão”.

O GFSI reitera que o estabelecimento das diretrizes estratégicas é algo que requer extremo cuidado para que seja significativo e que garanta sustentabilidade e viabilidade. Também é abordado no documento o fato de uma mudança alterar a expectativa das Partes Interessadas.

Assim, concluímos que as diretrizes estratégicas de uma empresa devem acompanhar não só a dinâmica da companhia no mercado, mas também, reagir à fatores externos e/ou internos que provoquem alterações relevantes. Isso traz em conjunto a necessidade de assimilar as mudanças de forma sistêmica, com a finalidade de gerenciar as expectativas de todas as partes interessadas.

 

Referências

GFSI, Cultura de Segurança de Alimentos, posicionamento do GFSI, V1 – 4/11/18

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